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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Açude de Boqueirão, na Paraíba, atinge pior nível histórico





O açude Epitácio Pessoa, que fica na cidade de Boqueirão, atingiu, nesta terça-feira (20), a sua pior marca na história, com 60.541.155 m³ de água, o que representa 14,7% de sua capacidade total. Antes disto, a pior marca registrada havia sido no dia 28 de dezembro de 1999, com 14,9% do total. O açude de Boqueirão abastece a cidade de Campina Grande e mais 18 outras cidades.
O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, João Fernandes, disse que a atual situação já era esperada. “Está dentro do previsto. Isso já era esperado por nós, porque a gente está só retirando água e não chove. Temos também o Açude de Coremas com uma situação ruim. Está um quadro difícil”, disse.
Para o especialista em recursos hídricos Isnaldo Cândido, o problema é agravado por falta de planejamento. “Dentro do quadro que se apresentava com os regimes de chuvas, que foram poucos, isso era esperado. São coisas que para a gente preocupa, por falta de todo um planejamento, diante de uma demanda que cresce a cada dia”, explicou.
Desde junho, o abastecimento está sendo interrompido das 17h dos sábados até as 5h das terças-feiras para Campina Grande e os distritos de Galante, São José da Mata e Jenipapo, além dos municípios de Queimadas, Caturité, Barra de Santana, Lagoa Seca, Alagoa Nova, São Sebastião de Lagoa de Roça, Matinhas e Pocinhos.
Em novembro, o racionamento em Campina Grande será ampliado em mais 24 horas e as obras para a instalação do sistema de captação flutuante da água do açude seguem acontecendo. A expectativa é que em dezembro o sistema já esteja funcionando. Já o prazo para a conclusão das obras de transposição do Rio São Francisco é no fim do próximo ano. As duas obras devem impedir o desabastecimento da cidade.

Mais prejuízos
A falta de água também está afetando os pescadores da região. O pescador João Batista falou que a quantidade de peixes diminuiu bastante. “Nós nunca passamos uma rede para pegar apenas quatro, cinco quilos de peixe. E isso quando pega, porque muitas vezes a gente vai e não pega nada”, disse, acrescentando que antes costumava pescar em média 50 quilos de peixes.
g1 pb
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