Bombeiros do quartel da Gávea foram acionados para uma ocorrência no local, mas Miele já havia morrido após sofrer um mal súbito.
Segundo Vania Barbosa, empresária e amiga de Miele e da família, a esposa do artista o encontrou caído no chão do escritório e chamou os bombeiros, que constataram o óbito ao chegarem no local.
“Aparentemente ele não tinha problema de saúde, dor no peito ou algo assim. Mas, ultimamente, nos três últimos meses, ele estava querendo fazer tudo ao mesmo tempo: lançar CD, livros, fazer shows. Não sei mais quanto tempo eu vou estar aí", disse Vania ao G1.
O corpo foi encaminhado para o IML por volta das 14h15. Enquanto ele estava na casa do diretor, por vários momentos, a mulher de Miele, Anita, ficou deitada ao lado dele, enquanto aguardava a liberação médica. Segundo Vânia, o corpo será velado nesta quinta-feira, em local a ser definido, e depois segue para o Cemitério do Caju.
Nascido em 1938 em São Paulo, o artista, que começou a carreira como locutor de rádio, foi responsável por produzir shows de diversos cantores famosos. Ele se mudou para o Rio em 1959, onde trabalhou na TV Continental como diretor de estúdio.
Da amizade com Ronaldo Bôscoli, um dos principais nomes da Bossa Nova, passou a produzir shows no Beco das Garrafas — reduto que reuniu Sérgio Mendes, Elis Regina e Wilson Simonal. Com Bôscoli, foi dono da boate Monsieur Pujol, por onde passaram artistas como Ivan Lins, Stevie Wonder e Marcel Marceau.
Contratados pela Globo, Miele e Bôscoli produziram os programas "Alô, Dolly", "Dick & Betty" e "Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma canção". Na década de 1970, atuou como humorista em programas como "Faça Humor, Não Faça Guerra" e "Planeta dos Homens".
Com G1
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